Como funciona um vício em nosso cérebro?

Os consumidores de droga crónicos são frequentemente óptimos em tarefas de planeamento e execução relacionadas com o consumo de droga, mas esta propensão pode comprometer outros processos cognitivos, incluindo saber como e quando parar. As deficiências cerebrais e comportamentais são mais subtis do que noutras perturbações cerebrais, sendo afectadas mais intensamente pela situação. Luigi Gallimberti ficou fascinado ao ler um artigo num jornal sobre as experiências realizadas por Antonello e colegas do NIDA e da Universidade da Califórnia, em São Francisco. Ao medirem a actividade eléctrica nos neurónios de ratos dependentes de cocaína, descobriram que uma região do cérebro envolvida na inibição de comportamentos estava anormalmente calma. Utilizando optogenética, que combina fibra óptica com engenharia genética para manipular o cérebro de animais com uma velocidade e precisão outrora inimagináveis, os investigadores activaram estas células letárgicas nos ratos. “O seu interesse na cocaína praticamente desapareceu”, diz Antonello.

BEBER MODERADAMENTE – Sylvie Imbert e Yves Brasey dizem ter-se libertado da dedicação à garrafa devido ao baclofeno, um fármaco utilizado no tratamento de espasmos musculares. Actualmente, Yves (na imagem, a beber uma cerveja no Hotel Luxembourg Parc, em Paris) só bebe pouco de cada vez. Sylvie consumia seis a nove bebidas quase todos os dias até iniciar a medicação com baclofeno. Isso leva o cérebro a liberar uma quantidade maior de dopamina, criando uma sensação de euforia.

Recuperando-se dos vícios: Possibilidades de tratamento baseadas em pesquisas científicas recentes

Como age a mente de um viciado?

Falar sobre a recaída com um profissional de saúde ou participar de grupos de apoio pode ajudar a retomar o caminho da recuperação. Embora a força de vontade seja importante, o vício é uma condição complexa que envolve fatores genéticos, ambientais e neuroquímicos. Portanto, é fundamental entender que o vício não é simplesmente uma questão de falta de determinação.

Outro mito é acreditar que apenas substâncias químicas podem causar vício. Na realidade, qualquer comportamento repetitivo que traga prazer pode se tornar viciante, como jogos de azar, compras compulsivas e uso excessivo da internet. Terapia individual e em grupo, programas de 12 passos, como o Alcoólicos Anônimos, e a utilização de medicamentos específicos podem ser ferramentas importantes no tratamento do vício. Além disso, adotar uma rotina saudável, praticar exercícios físicos regularmente, buscar hobbies e atividades prazerosas pode contribuir para a recuperação. A dependência também pode levar a uma baixa autoestima, sentimentos de culpa e vergonha, além de aumentar os níveis de estresse e ansiedade.

Os fatores que influenciam a compulsão

Eles rapidamente perderam o desejo de comer, mas ainda assim demonstraram prazer quando os alimentos foram introduzidos em suas bocas. Suspeitava-se que a dopamina era o neurotransmissor responsável pela ativação das regiões neurais que determinam sensações de prazer. Hoje, sabe-se que não é a dopamina que impulsiona o “gostar” de algo, mas ela tem papel fundamental nisso.

Ela ajuda o paciente a readquirir funcionalidades e adotar um estilo de vida saudável. O emocional é fortalecido pelo apoio dos profissionais, reduzindo o risco de recaídas. Assim, a clínica em BH promove uma transformação real na vida do paciente. A medicação ajuda no controle da abstinência e da ansiedade, auxiliando na mudança comportamental necessária.

Do lado de fora da sala, empresas que participam na exposição instalam equipamentos com inovações concebidas para pôr a dopamina dos millennials a circular. A exposição contará com a presença de 27 mil fabricantes de jogos, programadores  e operadores de casino. Aloja a maquinaria mais sofisticada da evolução para raciocinar, ponderar riscos e controlar desejos desenfreados. Então, de que modo a compulsão e o hábito se sobrepõem à razão, às boas intenções e ao entendimento dos danos causados pela dependência?

Ele entende que este fator é bem mais importante do que minorar os efeitos da abstinência, diz, que, apesar de intensos, se esgotam em média em duas semanas. Fabrício Selbmann é psicanalista, palestrante sobre Dependência Química e diretor do Grupo Recanto – rede de três clínicas de tratamento para dependência química e saúde mental, referência no Norte e Nordeste nesse segmento. Esse processo deve ser conduzido por profissionais de saúde, pois pode envolver sintomas da crise de abstinência severos, que é o momento em que as recaídas costumam acontecer com mais incidência. Neste artigo, vamos entender em profundidade como o vício atua no cérebro, suas causas, as mudanças cerebrais envolvidas e as formas de tratamento disponíveis, incluindo como o Grupo Recanto pode auxiliar nesse processo.

A buprenorfina activa os receptores dos opiáceos no cérebro, mas de uma maneira muito menos intensa do que a heroína. “É um milagre”, diz Justin Nathanson, cineasta e dono de uma galeria em Charleston, na Carolina do Sul. Ele consumia heroína e submeteu-se a dois tratamentos e reabilitação, mas teve recaídas. Não consome heroína há 13 anos.A maioria dos medicamentos para tratar a dependência existe há muitos anos. Os mais recentes avanços no campo da neurociência ainda não alcançaram uma cura inovadora.

A Influência do Vício na Saúde Mental

Além disso, é sugerido que problemas emocionais da infância, como problemas de relação com pais ou abusos físicos, também determinam um fator de risco. “O gatilho de sugestão do uso de drogas é um dos maiores desafios de quem tem o vício”, afirma. Para o neurocientista, este é o principal aspecto a ser entendido para o auxílio de quem sofre de adição.

Quando uma pessoa se torna viciada em algo, seja em substâncias como drogas e álcool, ou em comportamentos como jogos de azar e compras compulsivas, ocorre um desequilíbrio no sistema de recompensa do cérebro. O cérebro passa a associar o prazer gerado pelo vício como algo essencial para a sua sobrevivência, criando uma dependência física e psicológica. Os circuitos cerebrais do vício são como uma teia complexa que envolve várias regiões do cérebro. Esses circuitos estão envolvidos na formação de memórias associadas ao prazer, na regulação do humor e na tomada de decisões.

Existem muitos mitos em torno da mente viciada, o que pode levar a concepções equivocadas sobre o vício. É importante desmistificar essas ideias para que possamos abordar o problema de forma adequada. O site “Saúde Acessível” oferece uma variedade de artigos informativos focados em saúde e bem-estar. Os temas abordados incluem informações médicas, dicas de nutrição, cuidados com a saúde bucal e oftalmológica, além de questões relacionadas à medicina e bem-estar geral. Os artigos são escritos por Dependência Química especialistas e buscam fornecer conselhos práticos e insights para promover uma vida saudável e consciente sobre questões de saúde.